Entendendo o Transtorno do Neurodesenvolvimento: suas causas e impactos

Entendendo o Transtorno do Neurodesenvolvimento suas causas e impactos

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Vamos mergulhar fundo no mundo do Transtorno do Neurodesenvolvimento, explorando suas causas e impactos.

O Transtorno do Neurodesenvolvimento é um conjunto de condições caracterizadas por dificuldades no desenvolvimento do sistema nervoso central. Embora seja um termo amplo, inclui transtornos como o Transtorno do Espectro Autista, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a Dislexia, entre outros.

Compreender as causas desses transtornos é fundamental para fornecer um suporte adequado às pessoas que enfrentam os desafios que as especificidades de cada transtorno do neurodesenvolvimento trazem. E mais importante ainda, entender os impactos que essas condições podem ter na vida das pessoas afetadas e de suas famílias, caso não recebam o tratamento adequado na singularidade do indivíduo. 

Examinaremos as causas biológicas, genéticas e ambientais do Transtorno do Neurodesenvolvimento e exploraremos os impactos emocionais, cognitivos e sociais que essas condições podem ter. 

Pronto para embarcar nessa jornada de conhecimento? Então, vamos lá!

O que é o Transtorno do Neurodesenvolvimento?

O Transtorno do Neurodesenvolvimento é um conjunto de condições caracterizadas por dificuldades no desenvolvimento do sistema nervoso central, pode afetar pessoas de todas as idades e níveis socioeconômicos. É uma condição complexa e multifacetada, que requer uma compreensão abrangente para que se possa fornecer o apoio necessário às pessoas que obtêm tal condição. 

Causas do Transtorno do Neurodesenvolvimento

As causas dos transtornos podem ser atribuídas a uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais. Estudos têm mostrado que existe uma predisposição genética para o desenvolvimento desses transtornos, o que significa que algumas pessoas têm uma maior probabilidade de desenvolvê-los com base em sua composição genética. Além disso, certas alterações no funcionamento do cérebro e no sistema nervoso central também podem contribuir para essas condições.

Fatores ambientais, como exposição a toxinas durante a gravidez, complicações no parto, infecções durante a gestação e exposição a substâncias nocivas após o nascimento, também podem desempenhar um papel no desenvolvimento do transtorno do neurodesenvolvimento. 

É importante ressaltar que esses fatores não são a causa única e definitiva do transtorno, mas sim contribuem para aumentar o risco de desenvolvimento.

Tipos de Transtorno do Neurodesenvolvimento

Existem diversos tipos de transtorno do Neurodesenvolvimento, cada um com suas características e sintomas específicos. 

Vamos compreender melhor sobre os transtornos citados mais comumente:

  1. Transtorno do Espectro Autista (TEA): O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação social, padrões restritos e repetitivos de comportamento e interesses. As pessoas com TEA podem apresentar dificuldades na interação social, comunicação verbal e não verbal e habilidades sociais.
  2. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH): O TDAH é caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade. As pessoas com TDAH podem ter dificuldades em prestar atenção, seguir instruções, se organizar e controlar impulsos.
  3. Dislexia: A dislexia é um transtorno específico de aprendizagem que afeta a habilidade de ler, escrever e soletrar corretamente. As pessoas com dislexia podem ter dificuldades em reconhecer palavras, entender textos e realizar tarefas de leitura e escrita.

Esses são apenas alguns exemplos de transtornos do Neurodesenvolvimento, e cada um deles apresenta características e sintomas singulares para cada indivíduo. É importante entender que cada pessoa é única e pode apresentar variações nos sintomas e no impacto desses transtornos em suas vidas.

Sintomas e diagnóstico do Transtorno do Neurodesenvolvimento

O diagnóstico do Transtorno do Neurodesenvolvimento envolve uma avaliação abrangente das características e sintomas apresentados pela pessoa. Os sintomas podem variar conforme o tipo de transtorno e de gravidade. Além disso, é importante considerar a idade da pessoa, pois os sintomas podem se manifestar de maneira diferente em crianças, adolescentes e adultos.

Os profissionais de saúde e educação especializados em Transtornos do Neurodesenvolvimento utilizam uma combinação de exames médicos, entrevistas clínicas (anamnese), sondagem, testes de rastreio, avaliação e análise do comportamento para realizar o diagnóstico. É fundamental que o diagnóstico seja feito por equipe multidisciplinar com profissionais qualificados e experientes, que possuam conhecimento sobre os diferentes Transtornos do Neurodesenvolvimento e suas características, em conjunto com o médico neuropediatra ou psiquiatra infantil.

Impactos dos Transtornos do Neurodesenvolvimento na vida diária.

Os Transtornos do Neurodesenvolvimento podem ter impactos significativos na vida diária das pessoas e de suas famílias. Esses transtornos podem afetar diversos aspectos, como o desempenho acadêmico, as relações sociais, a autonomia e a qualidade de vida em geral.

No contexto escolar, por exemplo, crianças e adolescentes podem enfrentar dificuldades na aprendizagem, na interação com os colegas e na execução de tarefas. Essas dificuldades podem impactar negativamente o desempenho acadêmico e a autoestima da pessoa.

Além disso, podem afetar as relações sociais, tornando mais desafiador para a pessoa estabelecer e manter amizades, compreender as emoções dos outros e se adaptar a diferentes contextos sociais, incluindo o mercado de trabalho. Esses desafios podem levar a sentimentos de isolamento, baixa autoestima e ansiedade social.

Tratamentos e terapias para o Transtorno do Neurodesenvolvimento

Embora não exista uma cura para os Transtornos do Neurodesenvolvimento, existem diversas opções de tratamentos e terapias que podem ajudar a pessoa a lidar com os sintomas e a desenvolver habilidades para melhorar sua qualidade de vida.

O tratamento é terapêutico!

 Para o tratamento adequado, se faz necessário envolver uma abordagem multidisciplinar, que inclui intervenções médicas, terapias comportamentais e educacionais, e suporte psicológico. Cada tipo de transtorno requer abordagens específicas, considerando as necessidades individuais da pessoa. Existem casos em que se faz necessário combinar com o uso de medicações, estas medicações são receitas conforme a necessidade singular de cada indivíduo, podendo ter alterações para maior ou menor dosagem conforme a evolução do quadro das especificidades de cada indivíduo. Vale ressaltar que o uso somente da medicação sem acompanhamento terapêutico adequado pode influenciar para o insucesso do tratamento. Por vezes, ainda, se faz necessário o acompanhamento de uma nutricionista juntamente ao trabalho ofertado pela equipe multidisciplinar.

Por exemplo, no caso do Transtorno do Espectro Autista, as terapias comportamentais, como a abordagem da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) na Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia e Terapia Neurocognitiva feita por neuropsicopedagoga, ajudam a pessoa a desenvolver habilidades sociais, de comunicação, independência e de aprendizagem. No caso do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, pode ser recomendado o mesmo processo terapêutico, porém caso não for comorbidade do TEA, não necessita de intervenção em ABA, contudo pode se fazer o combinado de uso de medicamentos, dependendo do tipo e grau de severidade, acompanhado de terapias comportamentais e suporte de psicopedagoga e neuropsicopedagoga para treino neurocognitivo e reforço escolar qualificado e individualizado.

É importante ressaltar que o tratamento deve ser individualizado e adaptado às necessidades de cada pessoa. O acompanhamento de profissionais especializados e a participação da família e da escola são fundamentais para o sucesso do tratamento.

Apoio e recursos disponíveis para pessoas com Transtorno do Neurodesenvolvimento

Existem diversos recursos e apoio disponíveis para pessoas com Transtorno do Neurodesenvolvimento e suas famílias. É fundamental que a pessoa e sua família tenham acesso a informações atualizadas sobre os transtornos, tratamentos, terapias e direitos legais.

Organizações não governamentais, instituições de pesquisa, clínicas especializadas e profissionais da área da saúde podem fornecer suporte e orientação. Além disso, grupos de apoio formados por pessoas que vivenciam as mesmas dificuldades podem ser uma fonte valiosa de suporte emocional e troca de experiências.

As escolas também desempenham um papel importante na inclusão e no apoio às pessoas com Transtorno do Neurodesenvolvimento. Professores e educadores podem receber treinamento especializado para compreender as necessidades dessas pessoas e adaptar as práticas pedagógicas.

Como lidar com o Transtorno do Neurodesenvolvimento no ambiente escolar?

Lidar com o Transtorno do Neurodesenvolvimento no ambiente escolar requer uma abordagem inclusiva e adaptada às necessidades individuais da pessoa. Algumas estratégias que podem ser adotadas incluem:

  1. Adaptação do currículo e das atividades conforme as habilidades e dificuldades da pessoa.
  2. Disponibilização de recursos de apoio, como materiais didáticos adaptados e tecnologias assistivas.
  3. Implementação de estratégias de ensino diferenciadas, como a utilização de recursos visuais e o uso de reforço positivo.
  4. Estabelecimento de parceria com a família, para garantir uma comunicação constante e alinhada entre a escola e o ambiente familiar.
  5. Realizar formação de professores baseadas na realidade de cada escola, referente aos laudos entregues no dia das matrículas.

É importante que a escola esteja preparada para receber e acolher pessoas com Transtornos do Neurodesenvolvimento, promovendo um ambiente inclusivo e respeitoso.

Estratégias de apoio para familiares de pessoas com Transtornos do Neurodesenvolvimento

Familiares de pessoas com Transtornos do Neurodesenvolvimento também precisam de apoio e orientação para lidar com os desafios que essa condição pode trazer. Algumas estratégias que podem ser úteis incluem:

  1. Educar-se sobre o transtorno: buscar informações sobre o transtorno, seus sintomas e tratamentos pode ajudar a compreender melhor as dificuldades enfrentadas pela pessoa e encontrar estratégias de apoio.
  2. Buscar suporte em: participar de grupos de apoio, buscar aconselhamento psicológico e compartilhar experiências com outras famílias pode ser uma forma de encontrar suporte emocional e trocar informações e estratégias.
  3. Estabelecer uma rede de apoio: buscar a ajuda de familiares, amigos e profissionais da área da saúde pode aliviar a sobrecarga emocional e prática que muitas vezes acompanha o cuidado de uma pessoa com Transtorno do Neurodesenvolvimento.
  4. Cuidar de si: É fundamental que os familiares também cuidem de sua própria saúde e bem-estar. Tirar um tempo para descansar, praticar atividades prazerosas e buscar apoio quando necessário é essencial para enfrentar os desafios diários.

Conclusão

O Transtorno do Neurodesenvolvimento é uma condição complexa que afeta o desenvolvimento do sistema nervoso central. Compreender as causas desses transtornos e os impactos que eles podem ter na vida das pessoas e de suas famílias é fundamental para promover uma sociedade inclusiva e empática.

Embora não haja uma cura definitiva, existem tratamentos e terapias que podem ajudar as pessoas a lidar com os sintomas e desenvolver habilidades para melhorar sua qualidade de vida. Além disso, é importante que as pessoas com esta condição e suas famílias tenham acesso a recursos e apoio para enfrentar os desafios do dia a dia.

A inclusão e o apoio no ambiente escolar são fundamentais para garantir que as pessoas com Transtornos do Neurodesenvolvimento tenham acesso à educação e possam desenvolver todo o seu potencial. Além disso, os familiares também precisam de apoio e estratégias para lidar com os desafios que essa condição pode trazer.

Ao promover a conscientização, a compreensão e o apoio adequado, podemos criar uma sociedade mais inclusiva e acolhedora para todas as pessoas, independentemente de suas diferenças e desafios.

ÚLTIMAS POSTAGENS

Joice Mafra Vorgerau

Neuropsicopedagoga

Institucional, clínica e hospitalar CBO 2394-40/45

Pós graduada em Educação Especial.

Pós graduada em Atendimento educacional especializado – AEE

Camila

Secretária

Helena Maria

Psicóloga

Me chamo Helena, sou Psicóloga Clínica Graduada pela Universidade do Vale do Itajaí Univali. Pós Graduada em Neuropsicologia, e Pós graduanda em Intervenção ABA adulto e infantil pela IPOG de Florianópolis.

Realizo investigação diagnóstica através da realização de testes e análise clínica do paciente. E também a intervenção, com atendimentos para crianças, adolescentes, e adultos, com o manejo adequado para cada demanda.

Ser Psicóloga não consiste em analisar as coisas apenas pelo o que acontece conosco, mas sim levar em consideração experiências, técnicas, e o mais importante um olhar acolhedor, e assim decidir a melhor intervenção a se realizar. Pois o olhar para cada paciente ultrapassa o olhar clínico, devemos enchergar o ser humano em sua totalidade, pois o acolhimento e o olhar humanizado é o manejo mais importante a se realizar.

Roseane Pollheim Chaves

Psicóloga

CRP 12/26175

Possuo graduação em Psicologia pela Uniasselvi de Blumenau. Pós graduanda: Neuropsicologia, Psicologia Infantil, Análise do Comportamento Aplicada (ABA), Teoria Cognitivo-Comportamental (TCC) e Psicologia Clínica.

Geziane Lara Pereira Escobar

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Formação: Pedagogia Anos Iníciais/ PUCRS

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Reabilitação cognitiva

Neurociência e alfabetização

Alfabetização no autismo

Neuropsicopedagogia Institucional, clínica e hospitalar ( cursando)

Atuando na área da educação desde 2008.

Gisele Bruns

Pedagoga

Formada em Magistério, Pedagogia, Especialista em Ed. Infantil/ Séries Iniciais e estudante pós-graduanda de Neuropsicopedagogia.

Professora há 28 anos, em especial, na alfabetização.
Minha missão na educação é construir de maneira significativa e afetiva a aprendizagem, através de atividades que envolvam e estimulem as crianças a se desenvolverem de maneira integral.

Catiane Vanatt

Pedagoga

Acredita que tudo que é feito com amor verdadeiro gera frutos de alegrias e sucessos.
Formada em Pedagogia, trabalha na área Da Educação há 22 anos.
Especialização em:
Educação Infantil, Séries Iniciais e Psicopedagogia institucional.
Pós-Graduanda em Neuropsicopedagia Clínica.

Para desenvolver a aprendizagem da criança é necessário observar fatores cognitivos, emocionais e sociais.
O Objetivo é trabalhar as dificuldades e a prevenção com atividades e estratégias, considerando sempre a peculiaridade de cada criança.
Potencializa-se os saberes através de estímulos concretos, relacionado estruturas neurais, comportamentais e formas diversas de aprendizagem, de maneira a efetivar o conhecimento.

Fernanda

Neuropsicopedagoga

Sou Fernanda, Licenciada em Letras, graduada em Ciência da Felicidade, pós graduada em neuropsicopedagogia clínica, cursando ABA (Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo).

Atuo promovendo o desenvolvimento acadêmico, social e emocional, utilizando todos os recursos técnicos disponíveis e de acordo com cada especificidade, proporcionando o melhor serviço possível e principalmente amparando com muito amor, respeito e empatia.

Atuar nessa área é encantar quem me procura e a partir do encantamento estimular seu aprendizado.

Ana Carla

Neuropsicopedagoga

Me chamo Ana Carla, mas pode chamar de Ana. Licenciada em Pedagogia, licenciada em Educação Especial, pós graduada em Neuropsicopedagogia Clínica, pós graduada em ABA (Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo), pós graduada em TDAH, TDA e Deficiência Intelectual, entre outras especializações na área da inclusão e deficiências, mestranda em educação.

Atuo com o objetivo de promover o desenvolvimento intelectual, acadêmico, social e emocional. Utilizando dos recursos técnicos que as formações, especializações e estudos me trazem, desenvolvendo planos de tratamentos específicos para cada necessidade das famílias e das pessoas com deficiência ou transtorno que me procuram.

Proporcionando a evolução dos meus pacientes. Amparando com muito amor, respeito e empatia suas realidades em todo contexto que a pessoa está inserida.

Ser neuropsicopedagoga é acreditar que não existem dificuldades, atrasos ou necessidades que não possamos desenvolver e evoluir. E com muita dedicação, didática e estratégia baseada em conhecimento científico e muito amor que busco dar o meu melhor em cada atendimento!